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Computação quântica e a inteligência artificial.

Jul | 2023 – O tema inteligência artificial vem dominando os debates e é um dos principais termos de pesquisa global do google. No entanto, a despeito de toda revolução que representa, não existem computadores com potência ou velocidade de processamento suficiente para suportar uma IA avançada. Lembremos que estamos falando de hardware, enquanto a IA está no campo do software.

Apesar do crescimento constante na velocidade de processamento dos computadores de última geração, essa evolução encontra alguns limites, um ponto onde a sua eficiência não consegue avançar exponencialmente. É aqui que surge a proposta da computação quântica.

Os estudos sobre o tema datam da década de 50, mas só recentemente foram demonstrados casos concretos como a D-Wave Systems que lançou comercialmente, em 2017, o 2000Q, um computador quântico de 2000 qubits por apenas US$ 15 milhões.

Embora distante da realidade comercial, os resultados são animadores. Importante entender que, enquanto na computação clássica o processamento é sequencial, na computação quântica o processamento é simultâneo, multiplicando a capacidade de processamento. Isso porque além de assumir ‘0’ ou ‘1’ como na computação clássica, ela pode assumir ambos os estados ‘0’ e ‘1’ ao mesmo tempo. Isso é revolucionário e demarca a 5ª geração dos computadores.

O físico estadunidense Michio Kaku, em seu livro “Supremacia quântica” afirma que o computador quântico será capaz de quebrar qualquer código. Imaginem o impacto disso sobre o mundo cripto, notadamente sobre os sistemas de segurança baseados no infalível protocolo SHA-256.

Mas o grande impacto virá como hardware para o salto da inteligência artificial, ainda limitada pelos processadores atuais.

Que implicações CQ + IA trarão para o mercado imobiliário?

Recursos computacionais dessa dimensão, computação quântica + IA, vão impactar fortemente todos os mercados, sem exceções. No mercado imobiliário uma das principais consequências será a mudança da forma de busca e indexação dos imóveis. A batalha digital será mais sofisticada e exigirá dos operadores mais conhecimentos para alcançar o match entre imóveis e clientes. Para citar apenas um exemplo, será muito mais fácil desvendar o ZMOT (momento zero da verdade – Google 2011) e conhecer o momento nuclear da decisão do consumidor. Isso pode valer zilhões.

Mas se estamos falando de IA, vamos conhecer o que ela nos diz sobre o assunto. Por chat GPT.

Pergunta: como a IA afeta o mercado imobiliário?

A inteligência artificial (IA) está desempenhando um papel cada vez mais importante no mercado imobiliário. Ela oferece diversas oportunidades e benefícios para agentes imobiliários, compradores, vendedores e investidores. Alguns exemplos do uso da IA no mercado imobiliário incluem:

1. Pesquisa e recomendação de imóveis: Algoritmos de IA podem analisar uma vasta quantidade de dados e informações sobre imóveis, como localização, preço, tamanho, características e preferências dos clientes, para oferecer recomendações personalizadas de propriedades que correspondam às necessidades dos compradores.
2. Precificação de imóveis: A IA pode ajudar a determinar o valor de mercado de um imóvel com base em fatores como localização, condições do imóvel, dados comparativos e tendências do mercado. Isso auxilia vendedores e compradores na negociação de preços justos.
3. Análise de dados de mercado: Com a IA, é possível analisar grandes conjuntos de dados relacionados ao mercado imobiliário, como vendas passadas, taxas de juros, indicadores econômicos e demográficos. Essa análise pode fornecer insights valiosos sobre tendências de mercado, ajudando os investidores a tomar decisões informadas.
4. Chatbots e assistentes virtuais: Chatbots baseados em IA podem ser implementados em sites e aplicativos imobiliários para fornecer atendimento ao cliente automatizado, responder perguntas comuns, agendar visitas e até mesmo realizar transações básicas.
5. Automatização de processos: A IA pode ser usada para automatizar tarefas repetitivas e burocráticas no setor imobiliário, como preenchimento de formulários, verificação de documentos e gerenciamento de contratos, agilizando os processos e reduzindo erros”.
(por chat GPT – Jul 2024)

Esses são apenas alguns exemplos de como a inteligência artificial está impactando o mercado imobiliário. À medida que a tecnologia evolui, podemos esperar ainda mais inovações que melhorem a eficiência e a experiência no setor imobiliário.

As oportunidades são muitas mas vão requerer pesquisas e preparação. O setor da intermediação imobiliária, onde o principal produto é a informação, poderá se beneficiar muito se souber navegar nessas novas ondas.

 

Ariano Cavalcanti de Paula.

Metaverso: um novo horizonte para o mercado imobiliário.

Ago | 2022 – Um novo cenário muito diferente do habitual vem surgindo para profissionais do mercado imobiliário: os negócios com imóveis no metaverso. Além de vender imóveis virtuais, os corretores têm a oportunidade de negociar empreendimentos reais, uma vez que o metaverso possibilita a exposição de apartamentos, casas, salas e lojas, entre outros, de uma forma extremamente realista, o que facilita sobremaneira a venda. Construtoras estão lançando imóveis usando a realidade virtual e aumentada, permitindo ao cliente uma experiência sensorial com o produto que ainda será construído.

No metaverso, há disponíveis para venda terrenos virtuais, nos quais o comprador pode montar sua loja, empresa e até mesmo alugar ou investir para vender no futuro. A comercialização de imóveis nas quatro principais plataformas do metaverso alcançou US$ 501 milhões em 2021, de acordo com a MetaMetric Solutions. A empresa projeta que esse montante pode chegar a quase US$ 1 bilhão em 2022.

O metaverso possibilita um mundo virtual 3D em que é possível realizar atividades de maneira cada vez mais realista, como fazer compras, assistir a shows, visitar um imóvel, um parque ou um museu, entre várias outras alternativas. As possibilidades de lucrar com um terreno virtual são muitas: você pode alugá-lo para a instalação de anúncios publicitários, construir uma casa e negociar seu uso para eventos virtuais, como shows e festas, construir uma loja e alugar para uma empresa. Quanto mais bem localizado, mais tráfego e, portanto, mais valor ele tem no mundo virtual. Os terrenos mais disputados ficam nos locais onde os frequentadores do metaverso se reúnem.

Um relatório da BrandEssence Market Research indica que o mercado imobiliário no metaverso deve crescer a uma taxa anual de 31%, de 2022 a 2028. Aqueles que chegaram cedo já tiveram grandes retornos: há menos de um ano, o preço médio do menor terreno disponível para compra no Decentraland ou no Sandbox – duas das maiores plataformas do metaverso – estava abaixo de US$ 1.000. Hoje é difícil encontrar por menos de US$ 8.000. O terreno no metaverso é uma mercadoria limitada – e é por isso que os investidores estão interessados em marcar território antes que os melhores lugares sejam conquistados.

Os imóveis virtuais nessas plataformas são garantidos por meio de registros na forma de tokens não fungíveis (NFTs). A compra é registrada no blockchain e o NFT pode ser transferido para a carteira digital, o mesmo local onde são armazenados os criptoativos. Ou seja, o processo é semelhante à compra de um imóvel físico, já que a propriedade tem registro comprovado na blockchain da plataforma. Vai dar certo? Ainda não sabemos mas a tecnologia para garantir a segurança do processo tem se mostrado bem convincente. Isso abre enormes oportunidades para o futuro.

Apesar disso, será que é um bom negócio comprar terrenos no metaverso? Acredito que ainda é um mercado incipiente, um negócio de risco, apesar dos ganhos já registrados por alguns investidores. Outro problema é que se trata de um mercado altamente desregulamentado. Mas existem indicadores e tendências positivas, como ocorreu no início dos criptoativos. Para aquele investidor com apetite para risco, pode ser uma alternativa de sair na frente e conquistar seu espaço nesse mundo virtual.

 

Ariano Cavalcanti de Paula

Inovação disruptiva e o mercado imobiliário.

Set | 2016 – Moda é moda e no mundo corporativo não é diferente. A frase do momento é: inovação disruptiva, ou a inovação que pode romper ou revolucionar a maneira de se operar um determinado mercado. Em contrapartida os especialistas da administração sugerem que a economia colaborativa ou economia compartilhada (também na moda) é a solução para enfrentar as turbulências dos novos tempos.

 

Estamos convivendo com uma sensação de caos e instabilidade. Qualquer mercado está sujeito a ser inovado ou rompido, e exemplos não faltam. Vide o caso dos aplicativos de taxi, o mercado de música, de vídeos e diversos outros produtos que pareciam “blindados” por normas e reservas (legais ou técnicas) muito bem estabelecidas. Isso sem falar no emblemático caso da Kodak que detinha 80% do mercado de filmes fotográficos até sofrer a disrupção promovida pela popularização da máquina digital. Você arriscaria dizer o que vai acontecer com o mercado de automóveis nos próximos cinco anos?

 

Pois é… Os gestores de hoje terão que reunir muito mais competências que os seus antecessores, sob pena de sucumbirem às inovações que surgem no galope de empreendedores ávidos para se apossarem de uma fatia do seu mercado.

 

E não tem ninguém imune a isso. Pense no mercado mais forte e blindado do mundo. Sim estamos falando dos bancos. Pois saiba que as inovações também já incomodam este seleto grupo. Não apenas pelas cooperativas de crédito e as fintechs (startups de finanças) que já marcaram território, mas também quando se trata do Bitcoin, a primeira criptomoeda do mundo. Negociando mais que R$ 30 milhões por mês no Brasil (já é maior que o mercado de ouro futuro na BM&F) e US$ 330 bilhões/mês no mundo, sem dúvida pode representar a maior desintermediação financeira da história.

 

Se até os bancos podem ser afetados, não há dúvida que disromper um mercado com baixas barreiras é bem mais fácil, e o mercado imobiliário certamente está nessa lista. Sites que propõem aproximar compradores e proprietários de forma direta, sem intermediação, outros como Airbnb que já converteram inúmeros imóveis de locação para hospedagem, são alguns dos muitos exemplos.

 

No mercado de construção as transformações já estão em curso. A impressão em 3D e novos métodos construtivos já tonam possíveis as obras limpas e sem desperdícios. Haverá uma otimização nunca vista de custos.  Na china um prédio inteiro de seis andares foi impresso em 3D. Se considerarmos que os carros deixarão de ser o sonho das pessoas, o que iremos fazer com tantos espaços de garagens em nossos prédios? A revolução construtiva está transformando os nossos apartamentos em castelos medievais…

 

Mas nem tudo está perdido. Pelo contrário. A boa notícia é que todos podemos inovar ou reinventar os nossos próprios negócios, com a vantagem da experiência e a reputação já conquistadas, valores que certamente não serão rompidos. E o mercado imobiliário tem feito isso com muita criatividade.

 

A economia colaborativa ou compartilhada, citada no inicio desse artigo, pode realmente ser uma boa estratégia. Com o lema “quero usar, não quero possuir” ela reúne expectativas contraditórias, sendo ao mesmo tempo uma ameaça e uma alternativa. Mostrando que a moda é antiga, as redes já comprovaram que a economia compartilhada é uma estratégia eficaz para se diferenciar e sobressair. Os resultados demonstram isso.

 

Por todas essas razões, se você não está disposto a bancar sozinho todas as inovações que o seu negócio vai demandar, pense em unir forças, compartilhar estruturas e custos para ampliar os seus resultados. Certamente esse será o caminho mais curto e barato para enfrentar os novos desafios.

 

Ariano Cavalcanti de Paula