Voltando a Sócrates, ou mais precisamente à maiêutica socrática, “as perguntas nos abrem os horizontes da luz, ou do parto para parir o verdadeiro conhecimento”. Pelos relatos de Platão o método pressupõe que “todo ser humano guarda as suas verdades e crenças na vastidão do seu íntimo, podendo ser reveladas por meio de perguntas aparentemente simples, mas que podem desnudar as mais profundas e ocultas convicções”. A desconstrução e a reconstrução decorrentes das reflexões induzidas pela metodologia, promovem noções complexas, questionando e estimulando o conhecimento de si mesmo.
Na mesma onda navegam os algoritmos digitais que, à semelhança da maiêutica, utilizam imagens, provocações e estímulos comportamentais que suscitam atitudes que respondem ou revelam as verdades ocultas. Como disse Yuval Harari “os algoritmos existentes nas diversas redes sociais já são capazes de saber a sua preferência sexual antes mesmo da sua própria descoberta ou assunção”. O Google, por exemplo, vem trabalhando nisso há anos desde que revelou o seu livro ZMOT – Zero Moment of Truth, ou Momento Zero da Verdade. Não é mais surpresa que os algoritmos existentes HOJE, são capazes de conhecê-lo melhor que você mesmo.
Por isso é importante questionar. SEMPRE.
A quem interessa conhecer as suas verdades e crenças ocultas?
As perguntas iluminam o caminho do conhecimento, do autoconhecimento, da superação das crenças e da sabedoria libertadora.
Abaixo seguem algumas propostas de reflexões que podem estimular outros questionamentos importantes para a melhor compreensão da nossa existência:
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